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Mostrando postagens de fevereiro, 2020
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Maria e João, Oz Perkins, 2020. Na idade média, em meio ao surto da peste negra o casal de irmãos Maria e João são praticamente expulsos de casa pela mãe que, infectada, sabe q vai morrer. órfãos e famintos eles se aventuram pela floresta onde encontram uma misteriosa casa de uma sinistra senhora. Baseado no conto dos Irmãos Grimm, essa versão tenta ser mais fiel ao livro do ponto de vista de ser muito mais uma história de terror do que uma fabula infantil. Em outro filme JOÃO E MARIA CAÇADORES DE BRUXAS, a historia é abordada como um filme de aventura e pitadas de terror. Aqui o diretor Oz Perkins, filho do eterno Norman Bates, Anthony Perkins, tenta fazer da historia dos irmãos Grimm um horror na linha HAGAZUSSA ou A BRUXA. Mas como disse, tenta. Oz, que ja por algumas vezes ja tentou fazer filmes de horror nessa linha de viés mais 'arte' e com um certo cunho filosofico. FEBRUARY e O ÚLTIMO CAPITULO estão no catálogo Netflix, caso queiram arriscar. Indeciso com sua câmera Oz
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ENTRE FACAS E SEGREDOS, 2019, RIAN JOHNSON. Após uma festa de aniversario organizada pela sua família, o escritor Harlan Thrombey de 85 anos é encontrado morto. A causa da morte é aparentemente suicídio. Junto a investigação da policia o Detetive Benoit Blanc contratado por um anonimo, desconfia de assassinato. Dirigido e escrito por Ryan Jonhson. Ele é fera! Ele dirigiu o ótimo A PONTA DE UM CRIME de 2005, LOOPER de 2012 e o incompreendido OS ÚLTIMOS JEDI de 2017. Aqui ele usa uma trama já batida de: 'QUEM MATOU O FULANO?' mas de uma maneira bem inteligente o roteiro brinca com isso nos apresentando outra historia aqui não há o mistério de 'quem é o assassino' mas sim a analise de todos os envolvidos mesmo nós já sabendo quem cometeu o crime. São pessoas baixas, sem escrúpulos e até mesmo os que parecem bem intencionados são facilmente corrompidos. É um retrato cruel da alta classe num todo e não só a americana. O roteiro aborda isso em uma rápida discussão durante a
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A COR QUE CAIU DO ESPAÇO, 2019, RICHARD STANLEY. Uma pacata família no interior dos EUA, tenta manter seu cotidiano após a mãe, Theresa, lutar contra um câncer. Numa noite, a tranquilidade deles é abalada quando um meteorito cai na propriedade. A coisa, vinda do espaço tem uma cor indistinta a olhos humanos e causa diferente reações em toda a sua volta. Dirigido por Richard Stanley, seus filmes têm clima de ressaca em seu primeiro trabalho HARDWARE, 1990 vemos uma ruptura com os filmes de terror e ficção da década de 80. Em DUSTDEVIL 1992 temos outra ruptura dessa vez com thrillers, road movies e slashers. Ele tem talento, porém produz pouco. Aqui ele adapta o conto A COR QUE CAIU DO ESPAÇO de 1927. Curiosamente esse mesmo conto foi adaptado de maneira muito fiel por um cineasta viatinamita que mora na Alemanha. DIE FARBE, 2010 de Huan Vu. Vale conferir. Adaptar as historias de H.P. Lovecraft não é tarefa fácil. Seus contos de 'terror cosmico e multidimensional' fazem de uma s
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METAMORPHOSIS- AS FACES DO DEMÔNIO, KIM HONG-SUN, 2019. Uma família muda de casa e cidade para se recuperar financeiramente após uma crise. A casa tem como vizinho um estranho homem e em pouco tempo descobrem que o mal habita sua casa. Um padre exorcista é chamado e descobre que o espirito maligno ali tem vários rostos. Dirigido por Kim Hong-sun seu melhor trabalho é incrível The Chase. Aqui ele mistura vários filmes de terror em um. O cinema coreano se sai melhor quando passeia por gêneros, Kim Hong-sun mesmo fez isso em The Chase ele tem um drama carregado, suspense, uma pitada de terror psicológico e alguns momentos cômicos. O resultado é incrível. Já em Metamorphosis ele passeia dentro de um único gênero o terror e o resultado é acima da média mas bem abaixo da capacidade desse cineasta. Ele mistura, O exorcista, Invocação do Mal e usa símbolos recorrentes em filmes de terror, corvos, sacrifício de animais e usa elementos de slashers. Há uma clara homenagem ao Massacre da Serra El
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SIMONAL, LEONARDO DOMINGUES, 2018. Baseado na peça musical de mesmo nome, o filme conta a historia do cantor Wilson Simonal, sua ascensão no inicio da década de 60 e seu declínio no inicio da década de 70. Dirigido por Leonardo Domingues o filme cria rapidas passagens pela fase de sucesso de Wilson Simonal, cantor impar, uma mistura de Harry Belafonte com o charme de Dean Martim. Simonal foi um verdadeiro crooner seu shows estavam mais para experiencias sensoriais do que propriamente um show ele tinha um carisma que poucos tinham um domínio do publico que poucos têm hoje em dia. Uma pena o filme decidir contar o filme de maneira "en passant". O filme nunca desenrola um fato ou acontecimento na vida de Simonal só levanta questões. Fabricio Boliveira está muito bem no papel e outros também tem seus momentos. Destaque para Leandro Hassum que não precisa abrir a boca pra ser o produtor Carlos Imperial, Hassum entra em cena e quem conhece a historia de Simonal diz: -Imperial!
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AVES DE RAPINA: ARLEQUINA E SUA EMANCIPAÇÃO FANTABULOSA, CATHY YAN, 2020. Após o término de seu relacionamento com o nefasto Coringa, a Dra Harley Quinzel ou, como é conhecida, Arlequina, resolve se lançar em carreira solo no mundo do crime mas se dá conta que seu status antigo lhe dava certa imunidade. Agora, vai ter que lidar com todos os desafetos que acumulou durante anos. Capturada por um desses desafetos, o mesmo faz um acordo por sua vida. Dirigido por Cathy Yan, seu melhor trabalho é o bom DEAD PIGS, 2018. E aqui ela tem vários problemas nas mãos e procura varias saídas para eles e quase acerta em tudo. Temos duas historias pra contar, a historia da arlequina e a historia das personagens que irão compor as aves de rapina. Então temos uma historia de origem de um grupo pra contar e uma especie de continuação do que vimos em Esquadrão Suicida. Pra amarrar essas duas historias temos um vilão genérico e uma garota problemática que é o alvo desse vilão. OK Dessas três linhas narrati
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Jojo Rabbit de Taika Waititi, 2019 Jojo Betzier de 10 anos é um entusiasta e aspirante a soldado nazista que entra para tão sonhada escola da juventude nazista, sua mãe Rose no entanto tem uma visão bem diferente do cenário que a Alemanha apresenta na segunda guerra. O marido saiu em combate e não mais voltou e para não desapontar Jojo e seus sonhos, esconde dele suas verdadeiras convicções. Dirigido por Taika Waititi, um diretor com ótimos trabalhos e uma visão de comédia que há muito não se via. O QUE FAZEMOS NAS SOMBRAS, já trazia isso e THOR- RAGNAROK tem ação e comedia bem organizados e mesmo sendo um filme com formula Marvel vemos a assinatura dele ali. Cores variadas sem muita saturação, cortes rápidos para a comedia ficar no tom certo e ele até que trabalha bem o drama. Ele se mostra bem na adaptação de um livro: CAGING SKIES, que tem pouco de comedia e foca mais no drama mas Taika demonstra coragem ao fazer uma sátira que em alguns momentos é bem pesada e brinca com coisa ser
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Doutor Sono, Mike Flanang, 2019. Com mais de 40 anos, Danny Torrence, carrega ainda os traumas vividos no hotel Ovelook quando era criança. Viciado em drogas e álcool tenta fugir dos poderes manifestados quando criança, mas novos acontecimentos forçam Danny à encarar um novo inimigo que esta procurando uma criança que é tão poderosa quanto Danny fora outrora. Dirigido por Mike Flanang, Doutor Sono é uma continuação direta de o iluminado de 1981 e ao mesmo tempo também é uma continuação do livro com mesmo nome. A missão de Mike Flanang aqui não é fácil, o filme dirigido por Stanley Kubrick além de um clássico é uma adaptação muito particular, Stephen King foi praticamente enxotado por Kubrick do set de filmagem e o diretor fez o filme que ele quis, em contra partida King odiou o filme. Após quase 40 anos King escreveu a continuação. Flanang, respeita tanto o livro quanto o filme. Nota-se claramente que ele conhece o material que tem em mãos, ele mescla detalhes dos livros e do filme s