Situação: Crítica!

 A GUERRA DO AMANHÃ, THE TOMORROW WAR, de CHRIS MACKAY, 2021. AMAZON PRIME VIDEO. Na final da vindoura copa do mundo de 2022 a partida é interrompida por um grupo de soldados vindos do futuro e, com eles a trágica mensagem: em pouco tempo, a humanidade será exterminada. Portanto, pessoas do nosso presente têm de ser recrutadas para combater a ameaça no futuro. Premissa interessante apesar de não fazer muito sentido num primeiro momento mas o filme dirigido por Chris Mckay não se preocupa com furos no roteiro ele simplesmente engole todos os filmes de ficção genéricos, carrega no drama de alguns personagens e entrega uma boa diversão. A estrategia da Paramount de vender o filme pra streaming foi certeira. No cinema talvez essa produção não fosse bem recebida mas em tempos de streaming, uma diversão escapista como essa é sempre bem vinda. O diretor vem de uma franquia de sucesso: os LEGO movies, mas aqui não consegue o mesmo ritmo e equilibrio. Humor deslocado e o segundo ato lento deixa

  INTERROMPEMOS NOSSA PROGRMAÇÃO, 2021, JAKUB PIATEK NETFLIX No Reveillon entre 1999 e 2000 um homem entra armado em uma estação de TV e faz reféns, Sua intenção? Ler uma carta, ao vivo, na virada do ano. Um filme que fez um certo burburinho no festival Sundance e que promete mais do que entrega. Dirigido por Jakub Piatek, o filme faz óbvias referências aos filmes de Sidney Lumet mais especificamente REDE DE INTRIGAS de 1976 e UM DIA DE CÃO, de 1975, mas fica apenas na referência já que não avança e, em vários momentos, empaca. O máximo que consegue é ser um versão abaixo do já mediano JOGO DO DINHEIRO de 2016. Interpretrações maquineístas e operacionais, em um filme com uma historia de bom potencial mas pouco aproveitada. NOTA: 5.5

Em uma conversa, quatro professores falam de suas frustrações com trabalho e vida pessoal. De repente, um deles fala sobre uma teoria que o corpo precisa de um certo nível de álcool para as percepções e emoções fluírem melhor e, conforme o resultado, você pode até subir esse nível de consumo. Martin o mais frustrado de todos, propõe a todos testar essa teoria. Dirigido por Thomas Vinterberg, do aclamado FESTA DE FAMILIA e do competente A CAÇA, revisita a peculiar sociedade dinamarquesa novamente com um olhar critico, porém dessa vez com um mea-culpa e até mesmo uma auto critica dentro do filme realizando assim a sua melhor obra. O país escandinavo é tão ausente de problemas na superfície de sua sociedade que quando vemos os problemas nas suas entranhas não criamos empatia necessária mas ainda assim estão lá. As mulheres são mais conectadas a realidade portando as mais responsáveis enquanto os homens cultivam frustrações ambíguas e vazias. Todos os quatro apresentam um pequeno grau de d

Anthony de 81 anos vive em um apartamento sozinho e sua filha, Anne, revela o desejo de se mudar para Paris mas há um impedimento, Anthony apresenta uma perda gradativa de memória e senso de realidade fazendo com que Anne procure uma cuidadora porém Anthony se recusa por não aceitar sua condição mental. Escrito e dirigido pelo estreante Florian Zeller, MEU PAI é uma adaptação da peça do próprio Zeller e aqui na sua estreia no cinema da uma aula de como adaptar uma peça sem parecer artificial e de quebra nos faz entender um pouco melhor sobre a doença degenerativa do personagem. Em 2020 destacam-se dois filmes que são peças filmadas A VOZ SUPREMA DO BLUES e MALCOM E MARIE. Enquanto o primeiro é sim, uma peça o segundo emula uma peça mas ambos tem algo em comum: a artificialidade de composição de cena e alguns diálogos que são claramente declamados como em uma peça. Isso não tira o valor das obras, mas no quesito 'experiência fílmica', pecam. Zeller opta por uma adaptação raciona

Uma floresta submersa de algas e uma vasta biodiversidade na costa sul africana serve de retiro sabático para um cine documentarista que, ali, repensa sua vida e tudo que já passou. Tomando gosto pelo 'mergulho contemplativo' apaixona-se pelo lugar e começa uma amizade nada convencional... com um polvo! forte concorrente ao Oscar de 2021 'O PROFESSOR POLVO' tem como desafio contar uma historia a partir dessa premissa absurda ou no mínimo, inusitada. E consegue! Graças a uma montagem e edição 'malandramente' sincronizada com a narração do 'coadjuvante' Craig, a protagonista, uma fêmea de polvo nos é apresentada e, de cara, nos envolve e logo em seguida nos emociona das mais diversas formas. Craig narra a sua relação de amizade de um ano com o polvo mas com uma regra estabelecida logo de inicio: de não interferir na natureza pra proteger o polvo e isso faz toda a diferença. A carga dramática aumenta consideravelmente pois percebemos rapidamente que cada en

Um vilão interdimensional envia outro perigoso ser para a terra a fim de encontrar a maior fonte de poder do universo. Para evitar que esse poder caia em mãos erradas seis seres superpoderosos precisam enfrenta-lo e salvar o planeta. A missão de Zack era reunir, pela primeira vez, no cinema os heróis da Liga Da Justiça. Uma missão um pouco complicada porque apesar de conhecidos, apenas três desses heróis haviam sido apresentados Batman e Superman com todos os filmes e historias e a Mulher Maravilha com um único filme. Aquaman, viria após o filme da Liga com um estranho 'timming' reverso, Cyborg e Flash sem filmes. Mas Zack tem traquejo em 'vender' imagens porque todo seu background em publicidade ajuda muito aqui. E essa vitude é, também, seu problema enquanto realizador de cinema. Tudo aqui parecem ser comerciais de menos de um minuto colados para se tornarem cenas mas acabam virando grandes vídeoclipes por conta da sua estética. Zack, aqui também abusa da estilização