SIMONAL, LEONARDO DOMINGUES, 2018. Baseado na peça musical de mesmo nome, o filme conta a historia do cantor Wilson Simonal, sua ascensão no inicio da década de 60 e seu declínio no inicio da década de 70. Dirigido por Leonardo Domingues o filme cria rapidas passagens pela fase de sucesso de Wilson Simonal, cantor impar, uma mistura de Harry Belafonte com o charme de Dean Martim. Simonal foi um verdadeiro crooner seu shows estavam mais para experiencias sensoriais do que propriamente um show ele tinha um carisma que poucos tinham um domínio do publico que poucos têm hoje em dia. Uma pena o filme decidir contar o filme de maneira "en passant". O filme nunca desenrola um fato ou acontecimento na vida de Simonal só levanta questões. Fabricio Boliveira está muito bem no papel e outros também tem seus momentos. Destaque para Leandro Hassum que não precisa abrir a boca pra ser o produtor Carlos Imperial, Hassum entra em cena e quem conhece a historia de Simonal diz: -Imperial! Destaque também para o ator João Velho que faz Miele excelente. Temos Isis Valverde como Tereza a esposa de Simonal e Mariana Lima como a socialite Laura Figueiredo que poderiam ser desenvolvidas melhor. O diretor é ousado em vários momentos ele usa e abusa do recurso de planos sequência e se sai bem em quase todos. um ou dois são desnecessários. Travelings shots bem executados e a fotografia tenta remeter aos filmes de Roberto Farias (a trilogia do Roberto Carlos) porém esbarra na direção de arte e figurino que são bons, mas não "casam bem" com a fotografia. A decisão de mostrar algumas imagens com o Simonal original, em seus shows não foi uma boa decisão também. Simonal é tão grande que nos tira da narrativa do filme. O documentário de 2009 produzido e dirigido pelo 'casseta' Claudio Manoel é muito melhor na proposta de nos contar quem foi o homem e o mito Simonal. Nota: 6.5

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