METAMORPHOSIS- AS FACES DO DEMÔNIO, KIM HONG-SUN, 2019.
Uma família muda de casa e cidade para se recuperar financeiramente após uma crise. A casa tem como vizinho um estranho homem e em pouco tempo descobrem que o mal habita sua casa. Um padre exorcista é chamado e descobre que o espirito maligno ali tem vários rostos.
Dirigido por Kim Hong-sun seu melhor trabalho é incrível The Chase. Aqui ele mistura vários filmes de terror em um. O cinema coreano se sai melhor quando passeia por gêneros, Kim Hong-sun mesmo fez isso em The Chase ele tem um drama carregado, suspense, uma pitada de terror psicológico e alguns momentos cômicos. O resultado é incrível. Já em Metamorphosis ele passeia dentro de um único gênero o terror e o resultado é acima da média mas bem abaixo da capacidade desse cineasta.
Ele mistura, O exorcista, Invocação do Mal e usa símbolos recorrentes em filmes de terror, corvos, sacrifício de animais e usa elementos de slashers. Há uma clara homenagem ao Massacre da Serra Elétrica ao mostrar o interior de uma casa, ficou ótimo. Já a manipulação de efeitos visuais é problemática. Muito carregada e desnecessária em alguns momentos enquanto o tal espirito não tem forma o diretor tem mais facilidade de manipular o medo a medida que os efeitos o revelam o espectador perde um pouco do envolvimento com o filme.
A família convence mas faltou maior exploração daquelas pessoas porque o que a história nos passa é que falta de união e as brigas dão força para a entidade. Então o porque das brigas e dos desentendimentos dessa família? Não há essas repostas e por isso nos importamos menos com aquelas pessoas. Os sustos são bons mas nada do que não vemos em filmes americanos que estão por ai. A melhor coisa do filme é a ideia da entidade não ter um hospedeiro fixo. Lembra EVIL DEAD em vários momentos mas sem o gore.
METAMORPHOSIS- AS FACES DO DEMÔNIO está mais para uma homenagem coreana aos filmes de terror americanos que qualquer outra coisa. Assusta e diverte, mas tinha potencial pra ser muito mais que isso.
NOTA:7
INTERROMPEMOS NOSSA PROGRMAÇÃO, 2021, JAKUB PIATEK NETFLIX No Reveillon entre 1999 e 2000 um homem entra armado em uma estação de TV e faz reféns, Sua intenção? Ler uma carta, ao vivo, na virada do ano. Um filme que fez um certo burburinho no festival Sundance e que promete mais do que entrega. Dirigido por Jakub Piatek, o filme faz óbvias referências aos filmes de Sidney Lumet mais especificamente REDE DE INTRIGAS de 1976 e UM DIA DE CÃO, de 1975, mas fica apenas na referência já que não avança e, em vários momentos, empaca. O máximo que consegue é ser um versão abaixo do já mediano JOGO DO DINHEIRO de 2016. Interpretrações maquineístas e operacionais, em um filme com uma historia de bom potencial mas pouco aproveitada. NOTA: 5.5
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