RESGATE, 2020, SAM HARGRAVE.
Após uma facção rival sequestrar seu filho, um mafioso de Bangladesh contrata uma equipe de mercenários para resgatar o garoto com vida. Uma reviravolta muda o rumo da história e Tyler, líder do grupo, está encurralado no meio da capital Mumbai e uma caçada humana começa.
Este é o primeiro longa do, agora diretor, Sam Hargrave. Ele é o número um em Hollywood quando o assunto é cena de ação com dublês. Com mais de oitenta filmes no currículo inclusive a maioria dos filmes da MARVEL.
Em sua estreia ele tem um roteiro e produção do colega de MARVEL, Joe Russo. Que por sua vez se inspirou na hq CIUDAD para desenvolver sua historia.
Com russo na produção também e um domínio de cena realmente impressionante, o diretor da um banho quando o filme engata uma quinta marcha em uma ação desenfreada.
Seu conhecimento de 'mise en scène' no contexto de ação é perfeito. Aproveitamento total de espaços sejam amplos ou claustrofóbicos, nenhum chute, soco ou tiro nos escapa ou é à toa. Câmera ora subjetiva ora objetiva sem causar estranhamento que lembra muito jogos de vídeo game, tão em moda. E violência gráfica e estética que se assemelha muito aos filmes asiático e até mesmo filmes de ação de Bangladesh, Tailândia e Indonésia tudo isso em vários planos sequencia que ocupam boa parte do primeiro até o segundo ato.
Nesse ponto começam os problemas. O filme mostra sua fraqueza de roteiro na metade do segundo ato e perde todo o ritmo chegando a se perder na narrativa de filme de ação caindo as vezes em diálogos desnecessários e sem sentido e pequenos dramas que tentam compor mais camadas aos personagens, mas o filme, de cara estabelece uma total ausência de profundidade em seu personagens quando isso nos é imposto no meio do filme fica meio difícil comprar e se envolver com os personagens. Alias durante todo o filme só temos a perspectiva de Tyler, interpretado por Chris Hemsworth que tem carisma suficiente para segurar bem o filme. O resto do elenco é operante e sem muito o que fazer.
RESGATE é diversão garantida com ação de tirar o folego muitas vezes homenageando o cinema de ação asiático mas infelizmente também possui as irregularidades desses filmes. Nota 7.5
INTERROMPEMOS NOSSA PROGRMAÇÃO, 2021, JAKUB PIATEK NETFLIX No Reveillon entre 1999 e 2000 um homem entra armado em uma estação de TV e faz reféns, Sua intenção? Ler uma carta, ao vivo, na virada do ano. Um filme que fez um certo burburinho no festival Sundance e que promete mais do que entrega. Dirigido por Jakub Piatek, o filme faz óbvias referências aos filmes de Sidney Lumet mais especificamente REDE DE INTRIGAS de 1976 e UM DIA DE CÃO, de 1975, mas fica apenas na referência já que não avança e, em vários momentos, empaca. O máximo que consegue é ser um versão abaixo do já mediano JOGO DO DINHEIRO de 2016. Interpretrações maquineístas e operacionais, em um filme com uma historia de bom potencial mas pouco aproveitada. NOTA: 5.5
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