O SILENCIO DO PÂNTANO, 2020, MARC VIGIL. NETFLIX Para ser um 'best seller', escritor precisa de um estimulo peculiar: matar. Ou seja, para suas histórias sejam interessantes ele precisa dar vasão ao 'seral killer' dentro dele. No mais ele tem uma vida comum mantendo um bom relacionamento com seu irmão, mas uma de suas vitimas que usa para estimular sua escrita é um membro de um cartel de drogas e tudo se complica. Marc Vigil têm em mãos um roteiro inteligente e ágil escrito por Carlos de Pando e Sara Antuña, que por sua vez usa o livro homônimo como base. Marc vem da TV com varias series em seu currículo. Aqui, ele tem as mesmas virtudes e vícios que trás da TV. Virtudes: ele é dinâmico consegue dar densidade e ritmo fazendo a trama respirar, a trama também ja estabelece protagonista e antagonista sem enrolação e não perde tempo em nos fazer desvendar a psiquê das personagens é tudo apresentado com poucos diálogos e cenas curtas. Vícios: A rápida elaboração da trama e personagens deixa todo o resto superficial o elenco de apoio fica quase sem nenhuma função é como se tivéssemos 3 ou 4 atores em cena e um monte de 'cones' atrás fazendo volume. No formato televisivo isso não conta muito mas o cinema profundidade e sub tramas fazem diferença. Destaque para as atuações de Nacho Fresneda como Falconetti ele é um turbilhão de maldade e rancor e expressa isso muito bem e o Pedro Alonso tem o filme nas mãos sua presença é algo raro no cinema e até mesmo na TV, ele dá ao escritor Q um ar respeitoso sem arrogância, de superioridade mas sem ser piegas e um charme que é muito peculiar do ator. O problema maior do filme é acelerar a trama e quando precisa resolver tudo falta folego, tempo e inventividade. Não fosse pelas atuações, seria frustrante. O SILENCIO DO PANTANO é um bom filme na Netflix e nos apresenta um novo e charmoso personagem que possivelmente terá uma franquia de filmes pela frente. Nota 7

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog