O HOMEM INVISÍVEL, 2020, LEIGH WHANNELL. Com um relacionamento abusivo, mulher decide fugir e se refugiar com a ajuda da sua irmã. Depois de um tempo tentando se manter escondida, descobre que o ex-namorado morreu e lhe deixou uma boa herança. Após assinar os papeis e receber o dinheiro, coisas aparentemente coisas fora do normal passam à acontecer na sua vida e todos passam a desconfiar de sua sanidade. Dirigido por Leigh Whannell, O Homem Invísivel é vagamente inspirado na obra homônina de H.G. Wells. Vagamente mesmo pois os únicos elementos usados aqui são: a invisibilidade e o cientista que desenvolve tais habilidades. Leigh é habilidoso com roteiros genéricos. Ele procura fugir do obvio sempre. Fez isso com outros filmes que dirigiu como INSIDIOUS-SOBRENATURAL, JOGOS MORTAIS e UPGRADE. Ele inverte as equivalências de trama e subtrama ao longo do filme e nos da uma perspectiva diferente a todo momento. A historia respira melhor. O diretor vai por outro caminho, o medo aqui não é de um homem que pode ficar invisível mas sim o medo do homem tóxico e abusador, um psicopata que tortura e tenta dominar psicologicamente de todos que vivem em sua volta. O fato dele ter a capacidade de ser invisível é quase uma figura de linguagem. O personagem Adrian Griffin interpretado por Oliver Jackson-Cohen é bonito, charmoso, rico, bem sucedido e muito inteligente. Passam despercebido pela nossa sociedade homens como ele. E, é difícil das mulheres vitimas de abusos, serem acreditas por que esses homens são 'invisíveis' aos olhos de nossa sociedade. Homens como Griffin passam despercebidos, invisíveis à nossa sociedade e por isso, as mulheres que sofrem abusos e agressões têm dificuldade em denunciar e serem levadas á sério. Um filme tenso, que equilibra ficção, suspense e uma triste realidade cruel. NOTA 8

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