EL ABRAZO DE LA SERPIENTE, CIRO GUERRA, 2015.
O indígena Manduca trabalha de guia para o alemão Theo, que esta muito doente no meio do Amazonas a unica esperança é encontrar Karamakate um índio que vive dentro da mata totalmente isolado de todos. Relutante Karamakate consegue reanimar Theo, mas lhe diz que somente uma planta rara do seu povo, que fora extinto por brancos, pode curá-lo de vez. Theo diz que há uma aldeia que sobreviveu e convida Karamakate para a jornada.
Sem riscos de 'SPOILERS' isso é o que pode ser contado.
Dirigido pelo colombiano Ciro Guerra, GUARDEM BEM ESSE NOME! O diretor comete a audácia de gravar no Amazonas em preto e branco! Com tanta variedades de cores e o verde pungente da floresta, Ciro faz o oposto e... acerta! Os tons de cinza e grafite dados pela brilhante fotografia de David Gallego são soberbos.
Ciro não tem pressa em contar a história e isso dá tempo para câmera passear pela floresta. Isso faz de cada sequencia uma experiencia de estarmos vendo um documentário, de tão imersivo que é. Sentimos e ouvimos a trilha, que não evidencia as sensações antes da hora, é discreta e evocativa.
A narrativa, que usa duas linhas temporais, que mesmo ligadas, independem uma da outra, nos parece confusa a principio mas tudo se amarra bem no terceiro ato.
Os atores estão ótimos e o destaque vai para o belga, Jan Bijvoet, esquisitão no bom sentido, que atuou no também esquisito BORGMAN, 2013.
EL ABRAZO DE LA SERPIENTE é um filme quase perfeito que nos apresenta um dos mais promissores diretores da atualidade, ousado e sensível nos faz refletir sobre nossa relação com a natureza. NOTA 9
INTERROMPEMOS NOSSA PROGRMAÇÃO, 2021, JAKUB PIATEK NETFLIX No Reveillon entre 1999 e 2000 um homem entra armado em uma estação de TV e faz reféns, Sua intenção? Ler uma carta, ao vivo, na virada do ano. Um filme que fez um certo burburinho no festival Sundance e que promete mais do que entrega. Dirigido por Jakub Piatek, o filme faz óbvias referências aos filmes de Sidney Lumet mais especificamente REDE DE INTRIGAS de 1976 e UM DIA DE CÃO, de 1975, mas fica apenas na referência já que não avança e, em vários momentos, empaca. O máximo que consegue é ser um versão abaixo do já mediano JOGO DO DINHEIRO de 2016. Interpretrações maquineístas e operacionais, em um filme com uma historia de bom potencial mas pouco aproveitada. NOTA: 5.5
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