EL ABRAZO DE LA SERPIENTE, CIRO GUERRA, 2015. O indígena Manduca trabalha de guia para o alemão Theo, que esta muito doente no meio do Amazonas a unica esperança é encontrar Karamakate um índio que vive dentro da mata totalmente isolado de todos. Relutante Karamakate consegue reanimar Theo, mas lhe diz que somente uma planta rara do seu povo, que fora extinto por brancos, pode curá-lo de vez. Theo diz que há uma aldeia que sobreviveu e convida Karamakate para a jornada. Sem riscos de 'SPOILERS' isso é o que pode ser contado. Dirigido pelo colombiano Ciro Guerra, GUARDEM BEM ESSE NOME! O diretor comete a audácia de gravar no Amazonas em preto e branco! Com tanta variedades de cores e o verde pungente da floresta, Ciro faz o oposto e... acerta! Os tons de cinza e grafite dados pela brilhante fotografia de David Gallego são soberbos. Ciro não tem pressa em contar a história e isso dá tempo para câmera passear pela floresta. Isso faz de cada sequencia uma experiencia de estarmos vendo um documentário, de tão imersivo que é. Sentimos e ouvimos a trilha, que não evidencia as sensações antes da hora, é discreta e evocativa. A narrativa, que usa duas linhas temporais, que mesmo ligadas, independem uma da outra, nos parece confusa a principio mas tudo se amarra bem no terceiro ato. Os atores estão ótimos e o destaque vai para o belga, Jan Bijvoet, esquisitão no bom sentido, que atuou no também esquisito BORGMAN, 2013. EL ABRAZO DE LA SERPIENTE é um filme quase perfeito que nos apresenta um dos mais promissores diretores da atualidade, ousado e sensível nos faz refletir sobre nossa relação com a natureza. NOTA 9

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