BACURAU, 2019.
Num futuro não tão distante, moradores da cidade de Bacurau situada na região nordeste, percebem aos poucos que a cidade está gradativamente sumindo do mapa ao mesmo tempo que serviços básicos como: abastecimento de água, mantimentos e até sinal de celular estão cada vez mais precários. O prefeito finge ajudar mas os moradores só contam com eles mesmos. Após uma serie de mortes violentas o povo de Bacurau se dá conta do que realmente está acontecendo.
O longa é dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Kleber dirigiu o Som Ao redor (ótimo) e Aquarius (excelente). Ele geralmente gosta de discutir sobre o 'sinal' dos tempos. Em Bacurau, ele especula sobre o nosso futuro, ele pega o cenário politico de alguns anos pra cá e traça diretamente o futuro baseado nesses fatos. É uma pergunta bem simples que o roteiro faz: do jeito que o brasil está hoje, qual será o nosso futuro?
É um filme difícil de falar sem dar spoilers, mas é basicamente isso somada a essa síndrome de vira- latas que temos em relação aos estrangeiros. Durante o filme todo temos essas referencias e nada é disfarçado, as carapuças são jogadas e quem quiser que as vista.
O filme brinca com suas referências, os diretores usam o faroeste espaguetti de Sergio Leone, Black Mirror em alguns momentos e uma boa pitada de Glauber Rocha mas o que fica claro mesmo é homenagem aos filmes do mestre do terror JONH CARPENTER, aqui temos referências a FUGA DE NOVA YORK, ASSALTO A 13º DP, BRUMA ASSASSINA e a escola tem o sugestivo nome de ESCOLA JOÃO CARPINTEIRO!
BACURAU é um filme extremamente violento, difícil de criticar sem dar spoliers mas é uma mistura empolgante de ficção cientifica, faroeste, terror e o cinema visceral de Glauber Rocha. Filme do ano! nota. 10!
INTERROMPEMOS NOSSA PROGRMAÇÃO, 2021, JAKUB PIATEK NETFLIX No Reveillon entre 1999 e 2000 um homem entra armado em uma estação de TV e faz reféns, Sua intenção? Ler uma carta, ao vivo, na virada do ano. Um filme que fez um certo burburinho no festival Sundance e que promete mais do que entrega. Dirigido por Jakub Piatek, o filme faz óbvias referências aos filmes de Sidney Lumet mais especificamente REDE DE INTRIGAS de 1976 e UM DIA DE CÃO, de 1975, mas fica apenas na referência já que não avança e, em vários momentos, empaca. O máximo que consegue é ser um versão abaixo do já mediano JOGO DO DINHEIRO de 2016. Interpretrações maquineístas e operacionais, em um filme com uma historia de bom potencial mas pouco aproveitada. NOTA: 5.5
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