1917, SAM MENDES, 2019. Durante a Primeira guerra mundial dois soldados recebem como missão levar informações para comandante que esta isolado e incomunicável em front de batalha em um cidade vizinha, essa informação pode salvar 1600 soldados da morte certa. A direção é de Sam Mendes e aqui ele realiza seu melhor trabalho técnico, ainda acho seu melhor filme ESTRADA PARA PERDIÇÃO de 2002. O filme se vende como um único plano sequencia como BIRDMAN e FESTIM DIABÓLICO. Mas reza a lenda de que o único filme em plano sequencia de verdade é A ARCA RUSSA de 2002. Não é difícil pescar os cortes mas o senso de imersão é inacreditável. Você é, literalmente, 'jogado' pra dentro da tela no meio do campo de batalha e isso por alguns momentos chega a ser assustador. Um filme de guerra, que tem um "jump scare" digno de um filme de terror e outra cena com um avião que faz qualquer um perder o folego, merece respeito. Isso por conta do roteiro que sabe como começar uma historia simples e sem rodeios: 2 homens vão do ponto A para o ponto B. Pronto. Durante dois atos e planos sequencias intensos e orgânicos somos conduzidos em uma missão de guerra que se assemelha muito aos jogos de vídeo games mas o terceiro ato fica teatral e com uma poesia que nos tira da trama e nos devolve cedo demais para a cadeira do cinema. Curiosamente esses problemas fazem outro filme mais antigo ficar melhor, que é O RESGATE DO SOLDADO RYAN de 1998, também apresenta uma trama simples e direta mas com um arco mais consistente. 1917 tem uma historia simples e direta com boas reviravoltas, uma ótima técnica e energia mas o terceiro ato é problemático e o filme cai um pouco, ainda assim ótima experiencia vale muito a pena ver no cinema, numa tela grande. NOTA 8.5

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