Agora falemos de Coringa!
um homem à beira de um surto psicótico é obcecado por um talk show na Tv e tem delírios de se apresentar nesse programa e um desses momentos de delírio decide por em pratica a sua apresentação.
(familiar???)
sim, é quase o mesmo filme de MARTIN SCORSESE mas com outras decisões e a inserção de um personagem familiar e todo o background do qual ele faz parte.
É como se o diretor Todd Philips tivesse dito um dia
EU ADORO O FILME ‘REI DA COMEDIA’ DO SCORSESE E VOU REFILMÁ-LO, MAS NO PAPEL DO REI DA COMÉDIA VOU COLOCAR O CORINGA, SIM!! AQUELE DO BATMAN!
No meio desse contexto ele colocou outro filme de Scorsese: TÁXI DRIVER , acendeu um pavio e correu pra trás de sua câmera.
E que câmera! Ele filma tudo com uma calma que chega à destoar do resto do filme. O diretor não tem pressa, porque de tudo que ele nos mostra só um pensamento nos vem a mente ESSA PO$%$A VAI DAR ME#$@!!!
Mas um aviso: entenda o filme desse jeito mesmo: uma releitura respeitosa e muito bem feita de 2 ótimos filmes, com um roteiro mais parrudo e que toma decisões corajosas até o minuto final. É como se o coringa fosse interpretar à ele mesmo numa especie de cinebiografia/ documentário e que se confunde com esses filmes.
Na trama temos uma Gothan socialmente doente e em colapso. O desemprego é galopante e o estado cada vez mais omisso às questões sociais e o desespero cria um clima de revolta por toda a cidade.
De um lado temos Thomas Wayne, o bilionário filantropo que decide concorrer as eleições municipais e se autoproclama ‘SALVADOR’
Do outro lado temos nosso ANTI HERÓI.
Arthur Fleck é uma lagarta que não entende a sua natureza e nem seu papel no meio em que vive e reluta em ter que entrar na sua crisalida até o ultimo minuto, mas quando essa se fecha e, se dá, sua metamorfose, dela sai uma bizarra e incompreensível borboleta, linda e perigosa
para espanto de todos.
O filme faz referencia a outros filmes, laranja mecânica de Stanley Kubrick e rede de intrigas de Sidney Lumet.
Como uma honesta releitura/ homenagem Coringa é um filme espetacular que mostra de uma maneira muito incisiva o quanto nossa sociedade é doente, pois aqui nos tornamos cúmplices desse homem e em muitos momentos nos identificamos com ele porque compartilhamos os mesmo assentos de transporte publico e outros serviços, andamos nas mesmas calçadas sofremos as mesmas humilhações e no final do dia temos que estampar um sorriso no rosto porque ninguém quer saber de problemas. Vemos ‘coringas’ todos os dias e alguns deles até explodem as vezes. E dormimos com o medo de se olhar no espelho no outro dia e perceber que tem um rosto de palhaço por debaixo da nossa mascara social que somos obrigados a carregar. Nota 9.5
INTERROMPEMOS NOSSA PROGRMAÇÃO, 2021, JAKUB PIATEK NETFLIX No Reveillon entre 1999 e 2000 um homem entra armado em uma estação de TV e faz reféns, Sua intenção? Ler uma carta, ao vivo, na virada do ano. Um filme que fez um certo burburinho no festival Sundance e que promete mais do que entrega. Dirigido por Jakub Piatek, o filme faz óbvias referências aos filmes de Sidney Lumet mais especificamente REDE DE INTRIGAS de 1976 e UM DIA DE CÃO, de 1975, mas fica apenas na referência já que não avança e, em vários momentos, empaca. O máximo que consegue é ser um versão abaixo do já mediano JOGO DO DINHEIRO de 2016. Interpretrações maquineístas e operacionais, em um filme com uma historia de bom potencial mas pouco aproveitada. NOTA: 5.5
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