A ASCENSÃO SKYWALKER, J.J. ABRAHAMS, 2019. O Imperador Palpatine retorna e com ele o medo do seu poder. Após descobrirem que ele esta preparando uma nova investida, a Resistência se prepara para sua batalha final para salvar da galáxia de sua tirania. Treinando para ser a maior Jedi, Rey (Daisy Ridley) ainda busca a verdade sobre seu passado, sua ligação com Kylo Ren (Adam Driver) está cada vez mais complexa e ela percebe que ele sabe muitas coisas sobre ela. Quando a Disney resolveu completar a saga de George Lucas eles tinham um abacaxi nas mãos. Pois, de certa forma a franquia ainda fazia sucesso e se mantinha no imaginário popular. Como criar uma nova trilogia que esteja pelo menos no mesmo nível que as outras duas e que ajude a manter acesa a chama de um produto que vende há mais de trinta anos. Porque se trata disso e nada mais: vender produtos licenciados. Se uma boa história for contada e levar o público ao cinema, missão cumprida. Então chamaram o cara certo J.J. Abrahams fez um excepcional trabalho em SUPER 8 emulando Spielberg na sua melhor forma. E quando realizou o reboot de Star Trek conseguiu trazer novos fãs para franquia e, ao mesmo tempo, respeitar os fãs antigos e todo seu cânone. Em 2015, ele entregou O DESPERTAR DA FORÇA, respeitou o legado construído por Lucas e introduziu novos personagens com um enorme potencial de desenvolvimento pra muito mais que 3 filmes. Estava tudo certo. Então em 2017 veio OS ULTIMOS JEDI. Um novo diretor e novos rumos na trama alguns controversos mas ainda assim, também com boa lenha pra queimar Cá estamos em 2019 e a Disney resolveu atender aos fãs que reclamaram de vários pontos do filme anterior e o que vemos na tela é uma colcha de retalhos que se amarra o primeiro filme e procura desmentir o que se estabelece no segundo. J.J. Abrahams nitidamente vestiu a camisa da empresa e no comando desse final de saga tenta apagar o segundo filme. Acaba por não conseguir nem terminar a saga de maneira decente. Um filme apressado, difuso e pra quem estuda cinema é uma boa aula de: 'O QUE NÃO FAZER EM UM FILME' pela primeira vez vemos um J.J. perdido numa historia, em dois ou três momentos da trama, a narrativa vai pra um caminho e em seguida ela muda de direção porque notadamente não seria uma boa opção ou não iria se chegar a lugar algum. Uma pena, está tudo lá: diversão, dinâmica de personagens, elenco bom e afiado. Mas a preocupação de desmerecer o segundo filme e dar uma continuidade ao primeiro fazem desse filme o pior da franquia. O filme que fecha essa saga é importante demais para ficar resolvendo picuinhas de fãs xiitas, rivalidade de diretores de um estúdio que só pensa em vender bonecos. NOTA 6.5

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