SEM CONEXÃO|W LESIE DZIS NIE ZASNIE NIKT, BARTOSZ M. KOWALSKI, POLÔNIA, 2020.

NETFLIX

Com o intuito de se 'desintoxicarem' da técnologia um grupo de jovens vai para um acampamento, num lugar isolado e sem qualquer tipo de comunicação, nada de internet, notebooks, tablet, etc.

Tudo corre normalmente até que são  caçados um a um por um psicopata deformado.

Este é o segundo longa do diretor polonês Bartosz M. Kowalski e vemos aqui que ele conhece bem do subgenero de terror 'slasher'.

Seu filme é claramente dividido em duas partes.

Na primeira temos uma homenagem a famosos 'slasher movies'. 

A aparência do assasino passeia entre o deformado Cropsy de A VINGANÇA DE CROPSY misturado com o herói(?) de O VINGADOR TÓXICO e com uma pitada de LEATHERFACE de O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA.

As composições de cena e ambientações são idênticas a qualquer filme de terror com acampamento, e nesse quesito o que fica mais evidente são os filmes da série SEXTA FEIRA 13. As 3 mortes mais explícitas são idênticas à mortes já vistas nos filmes do assassino Jason Voorhees.

Há espaço até mesmo para o terror cósmico numa cena de origem.

Apesar de bagunçado o roteiro até que trabalha bem com isso e o diretor entrega cenas decentes.

Mas então vem o problema.

Na segunda metade, filme resolve ganhar identidade e caminhar com as próprias pernas, deixa as homenagens de lado e passa a usar todos os clichês do gênero mas não para uma revisitação nostálgica e sim para cair nas armadilhas óbvias do que ha de pior nos filmes de terror.

Os personagens não têm vida não há o mínimo de desenvolvimento e, no final, acabamos por não nos importar com quem vive ou morre.

SEM CONEXÃO, começa como uma bagunçada salada de homenagens com sabor nostalgico e agradável, mas quando resolve se levar à sério cai na mesmice dos filmes de 5ª categoria do gênero. NOTA 4.5


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog